Capítulo 8 - Prioridades
Alguns anos atrás, conheci Scott Maxwell, na Johnny’s Luncheonette, em Newter Center. Já falei sobre ele antes. Ele é o fundador da OpenView Venture Partners, e foi o homem que descobriu que trabalhar por mais horas gera mais trabalho do que conquistas. Eu já trabalho com a OpenView e as empresas de seu portfólio há alguns anos e, em cada uma delas, observei aumentos drásticos na produtividade. [p.73]
Isso vai ser sempre uma polêmica. Muita gente pensa em quantidade ao invés de qualidade. O problema disso é que nós somos limitados em vários aspectos. Temos que buscar fazer melhor ao invés de fazer mais.
A primeira coisa que você precisa fazer quando está implementando o Scrum é criar uma lista de pendências. Ela pode conter centenas de itens, ou apenas algumas poucas coisas que você precisa fazer primeiro. É claro que você precisa ter uma ideia clara do que deseja no final do trabalho, que pode ser um produto, um casamento, um serviço, uma nova vacina ou a pintura de uma casa. Pode ser qualquer coisa, mas, uma vez que você tenha uma visão, precisa pensar no que será necessário para fazer aquilo acontecer. [p.74]
O nome da lista de pendências é backlog. Embora o nosso ainda não seja a última bolachinha do pacote é algo muito bom em termos de organização. O backlog é um repositório de ideias 💡
Histórias 📝 - descrição de situações de como podemos melhorar as coisas. Lembram do lance da troca de contexto?
Existem apenas três papéis no Scrum. Ou você faz parte da equipe e está fazendo o trabalho — é o Mestre Scrum, que ajuda a equipe a descobrir como trabalhar melhor; ou, então, você é o Dono do Produto, que decide que trabalho deve ser feito. Ele (ou ela) é o dono da Lista de Pendências, do que está ali e, o mais importante, em que ordem. [p.75]
Quem levanta requisitos é o PO(acrônimo de product owner).
As pessoas podem dizer aos Engenheiros Chefes que eles estão errados, e então eles têm de se certificar que estão certos. Eles não fazem avaliações de desempenho, não promovem funcionários nem dão aumentos. Mas decidem sobre o carro e como ele será feito — por persuasão, não coerção. [ibid]
Esse é um modo legal de trabalhar. Você precisa agir na lábia e convencer as pessoas de que àquilo é o melhor para elas.
O Product Owner é o dono do backlog.
Primeiro as coisas importantes ⚠️
Ciclo OODA
Ciclo OODA: estratégia militar para tomada de decisões rápidas
Um hábito ruim que uma empresa pode adquirir por causa das constantes mudanças das necessidades do mercado e porque os gestores não sabem exatamente onde o valor reside é tornar tudo prioridade. Tudo passa a ser prioridade máxima. O ditado que me vem à mente é o de Frederico II da Prússia, posteriormente conhecido como Frederico, o Grande: “Aquele que tudo defende, nada defende”. Ao não concentrar seus recursos tanto quanto sua energia mental exige, você acaba diluindo-os à irrelevância. [p.79]
Temos que tomar cuidado com a citação acima. Esse é o principal problema de trabalhar com quem não conhece o produto.
Você quer fazer isso com algo que entregue, pelo menos, um pouquinho do valor. Chamo isso de Produto Mínimo Viável (Minimum Viable Product — MVP). Isso poderia ser o que você mostra para o público pela primeira vez. Qual é o nível de eficácia que o produto deve ter? [p.80]
Lembrem-se de um detalhe: as pessoas geralmente não sabem o que elas querem. Isso precisa estar claro porque se você gera essa expectativa, se dá mal.
Se você começa um projeto e pouco depois percebe que o valor verdadeiro, aqueles 20%, não está nos atributos que você definiu — está em um conjunto diferente que você descobriu no decorrer do trabalho —, então o gerenciamento de projetos tradicional foi projetado para impedir isso. Ele foi projetado para impedir a entrega de valor rápido demais. [p.83]
No entanto, eles só foram capazes de fazer tal julgamento depois de verem algo que realmente funcionava. A decisão não foi tomada com base em construtos teóricos; eles tinham algo que podiam olhar e tocar. Com essa questão resolvida, puderam iniciar o projeto da estrutura na qual as lentes entrariam e os processadores que controlariam as imagens. [p.84]
Esse é um aspecto importante. O nome disso em software é mock. Cria-se um modelo e explica ao usuário como será a funcionalidade para que ele visualize com o maior número de detalhes possíveis. Assim se dá lastro as decisões dele. A possibilidade de rejeição é infinitamente menor.
Protótipo Funcional